segunda-feira, 20 de outubro de 2008

A cera das abelhas


As ceras das colmeias são um aspecto fundamental na produção de mel biológico. Durante o período de reconversão à produção biológica de mel, para além da alteração do modo de controlo das pragas, há que mudar as ceras das colmeias.
A cera permanece lá de uns anos para os outros e na produção convencional convive com os produtos químicos de controlo do ácaro varroa, e outros contaminantes, sendo o suporte físico do mel no interior da colmeia, é fundamental que esteja limpa de resíduos. Durante a reconversão, substituímos totalmente a cera nas colmeias, mas como a quantidade de cera disponível é pouca, essa é a principal limitação ao rápido crescimento da nossa produção de mel certificado em biológico.
Não havendo cera biológica disponível no mercado, podemos utilizar a cera da nossa produção, a cera anualmente fabricada pelas abelhas na selagem do mel, os opérculos, que se retiram no acto de extracção do mel. Esta é uma cera anualmente fabricada pelas abelhas, não esteve sujeita a contaminantes e pode ser utilizada na substituição das ceras antigas.

sábado, 4 de outubro de 2008

Os tratamentos com timol


O principal método de controlo da população de ácaros Varroa nas colmeias, consiste na aplicação de timol, produto permitido pelo caderno de encargos da produção biológica.

Os cristais de timol são diluídos em azeite ou óleo alimentar e impregnados numas esponjas, que vão libertando pouco a pouco os seus vapores dentro da colmeia, e a acção conjugada do timol, com o poder acaricida que as gorduras também contêm, permitem matar os ácaros durante alguns dias, sendo necessário repetir o tratamento mais duas vezes para perfazer o período de tempo necessário a que o produto actue sobre os parasitas presentes na colmeia. O custo destes tratamentos é , não contando com o acréscimo do tempo de trabalho e de combustíveis para deslocações sucessivas aos apiários, cerca de vinte vezes superior ao custo de um tratamento com acaricidas utilizados na produção convencional, o que desencoraja a sua adopção pela maioria dos apicultores. Aparte isso, existem algumas condicionantes à sua aplicação, que lhe limitam a eficiência, entre elas a temperatura à data dos tratamentos.

O mês de Outubro é a epoca ideal para usar timol, dado que as temperaturas amenas facilitam a sua boa eficiência.

É pois o tempo de tratar as colmeias, para que entrem na invernação com uma baixa população de ácaros e iniciem a primavera em boas condições.


quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Novo cliente em Lisboa

Abriu muito recentemente em Lisboa, em Campo de Ourique, na Rua Azedo Gneco, 3O A, um supermercado de venda exclusiva de produtos biológicos. Também no Brio estamos presentes.

No Parque da cidade

No Porto, no parque da cidade, aos sábados pela manhã, Serras do Guadiana está presente através da Biorigem, no mercado semanal de produtos biológicos.

Os nossos clientes do Norte de portugal

Principalmente na zona do Porto, é possivel comprar mel Serras do Guadiana:

Matosinhos: Loja da alimentação biológica
Mercado Municipal- Matosinhos

Porto: Biorigem
Rua Damião de Góis, 31, lj.5

Valongo: Mimos d'Aldeia
www.mimosdaldeia.com (loja online)

Viana do Castelo: Bionative
Rua Mateus Barbosa

V.Nova Gaia: Supermercados El Corte Inglés
Av .Republica, 1435

O ácaro Varroa


A principal dificuldade na produção de mel biológico é a infestação com estas ácaros que sem intervenção humana destroem as colónias de abelhas. São umas pequenas carraças que se agarram às abelhas conforme se vê na imagem e que se reproduzem a uma velocidade superior à das abelhas junto com a sua criação parasitando e alimentando-se das ninfas conforme se vê na imagem abaixo. O ácaro varroa é oriundo da Ásia e chegou à Europa na década de 80 do século passado e durante estes anos foi controlado através de luta química no interior das colmeias. Na produção biológica utilizam-se produtos de rápida degradação como o timol ou ácidos orgânicos presentes na composição natural do mel tal como o ácido fórmico. Como são produtos de degradação rápida também têm pouco tempo de persistência logo obriga a mais tratamentos, mais deslocações às colmeias, mais tempo despendido, maiores custos. Esta a razão de haver tão pouco mel certificado na produção biológica.






terça-feira, 16 de setembro de 2008

A chorar por água




O mato está ressequido, a chorar por água. Ainda não chegaram as primeiras águas aos matos do Vale do Guadiana. A natureza mantêm-se em repouso à espera da chuva que dará inicio ao novo ano da natureza, das abelhas.

Na Wallpaper


Os nossos bombons de chocolate amargo com mel biológico, constaram este ano da conceituada revista wallpaper.

sábado, 6 de setembro de 2008

Um projecto

Somos apicultores na área do Parque Natural do Vale do Guadiana e concelhos limítrofes, aonde a produção de mel é actividade ancestral, aproveitando a abundância de flora melífera e as boas condições ambientais do Parque.
São essas condições, aliadas ao desejo de procurar um produto que possa ambicionar a ser uma referência de qualidade, que nos levou a iniciar o processo de reconversão à produção biológica no ano de 2005.
Estamos no nosso terceiro ano de produtores de mel biológico e pretendemos dar a conhecer o nosso modo de produzir, e interagir com todos os que nos querem conhecer.

Legislação relativa à produção biológica de mel

No Regulamento CEE nº 2092/91 de 24 de Junho de 1991, vêm estipulados os requesitos de toda a produção de produtos alimentares em modo de produção biológico, incluindo o mel e demais produtos das abelhas. Ao longo do tempo iremos desenvolvendo os varios pontos fundamentais do nosso modo de produção em harmonia com as normas europeias referentes à apicultura biológica.

Dentro os vários aspectos enumerados distinguimos resumidamente os principais:



- localização dos apiários de modo a que num raio de 3 km em redor, as fontes de néctar e polen sejam constituidas essencialmente por culturas que respeitam o modo de produção biológico, vegetação espontânea ou culturas de baixo impacto ambiental.

- o ácaro varroa pode ser combatido através de ácidos orgânicos ( fórmico, lácteo e oxálico) bem como através de timol, mentol, eucaliptol e cânfora.

- o período de reconversão é de um ano, e nele deverão ser substituidas as ceras usadas na produção de mel.

- obrigação de manter registos de todas as operações de produção.